As crianças, na primeira infância, ficam vulneráveis e confusas diante de um ambiente conturbado; muitas vezes, assumem a culpa pelas dificuldades do casal. Por não terem ainda muita consciência, acabam escamoteando os sentimentos.
Na idade escolar, podem apresentar problemas de relacionamento consigo e com o outro, de aprendizado na escola e, em alguns casos, podem fugir de casa para se livrarem do ambiente conturbado ou por acharem que vão unir os pais.
Na adolescência, o impacto do mau relacionamento dos pais reflete no amadurecimento precoce, na vergonha, no uso de drogas por parte dos filhos e na gravidez precoce.
Muitas vezes, as brigas presenciadas na infância impedem que os filhos, na fase adulta, queiram se casar, pois, têm medo de que situação conflituosa possa se repetir, e isso paralisa algumas pessoas.
Em todas as idades, quando o relacionamento do casal se deteriora, causando a separação, os filhos podem apresentar hostilidade, insegurança pela perda do amor de quem sai do lar e medo do padrasto tomar o lugar paterno.
Em casos de separação, é importante manter a presença física e emocional, pois, a ausência paterna é entendida como falta de amor, podendo aumentar o sentimento de culpa pela separação dos pais.
O quanto mais cedo os pais tiverem consciência dessas consequências, melhor, porque permite que eles ensinem aos filhos a trabalharem os sentimentos diante das situações; criarem espaço para que seja compartilhada e entendida a ansiedade que as brigas provocam e tentem reconstruir uma relação saudável na vida conjugal em benefício da vida atual e futura dos filhos.
Em alguns casos, torna-se necessário a contratação de um profissional, a fim de que, juntos, entendam as circunstâncias que acarretam o problema de comportamento e a forma de relacionamento entre a criança e seus pais, pois uma melhor interação contribui para romper o círculo vicioso de comportamentos negativos.
DaQui Agência Digital